O País está capacitando especialistas que farão parte das Equipes Médicas de Emergência (EMT) da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Brasil está capacitando especialistas para fazerem parte das Equipes Médicas de Emergência (EMT) da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa iniciativa ajuda organizações e Estados-membros a capacitar e fortalecer sistemas de saúde, coordenando o envio de profissionais de saúde (enfermeiros, fisioterapeutas, médicos, paramédicos) para prestar atendimento clínico direto a populações afetadas por emergências e desastres em outros países ou mesmo dentro do próprio território.
O compromisso assumido pelo país de integrar as EMT atende a um pedido feito em março deste ano pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao então ministro da Saúde do Brasil, Ricardo Barros. Atualmente, instituições governamentais e não governamentais de dez países integram a iniciativa: Alemanha, Austrália, China, Costa Rica, Equador, Israel, Japão, Nova Zelândia, Reino Unido e Rússia.
Nesta semana, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), escritório regional para as Américas da OMS, fez uma oficina de capacitação para que o Brasil possa adequar seus padrões nacionais de atendimento a emergências aos padrões da iniciativa EMT. O evento foi organizado junto com o Ministério da Saúde, que reuniu diversos atores federais para participar do treinamento (Ministérios da Defesa e Integração Nacional, além de profissionais dos Hospitais Federais e Força Nacional do SUS).
As Equipes Médicas de Emergência podem ser tanto estatais (civis e militares) como de organizações não governamentais, e sua resposta pode ser nacional ou internacional. Elas atuam com foco no manejo do trauma e a atenção cirúrgica. Porém, a resposta à emergência do ebola demonstrou o valor de tais equipes também em outros contextos, como surtos, epidemias e outras emergências complexas.
“Quando ocorre um desastre ou um surto, quanto mais rápida a resposta, melhor o resultado, porque assim conseguimos salvar vidas, evitar sequelas e minimizar a dor e sofrimento das pessoas. É por isso que a Iniciativa EMT coloca um foco tão forte em ajudar cada país a desenvolver suas próprias equipes, de modo a poderem chegar onde são necessárias no menor tempo possível”, destaca Fábio Evangelista, consultor para desastres da representação da OPAS/OMS no Brasil.
As EMT podem ser tipo 1 (atenção ambulatorial de emergência), 2 (atenção cirúrgica de emergência de nível hospitalar), 3 (atenção hospitalar de referência) e células adicionais de atenção especializada.
Com informações da ONU Brasil