O Ministério da Saúde recomenda que as mais de 54 milhões de pessoas, mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias busquem os postos do SUS. São 60 milhões de doses da vacina que estão sendo entregues em etapas aos estados.
Nesta segunda-feira (23) começou em todo o país a 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. A campanha pretende vacinar as mais de 54 milhões de pessoas que fazem parte do grupo prioritário da vacina, que é formado por idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas - e os funcionários do sistema prisional.
Esse grupo prioritário deve procurar os postos do Sistema Único de Saúde (SUS) para se vacinar gratuitamente. Para garantir que a vacinação chegue a todos, o Ministério da Saúde deve entregar mais 60 milhões de doses da vacina, distribuídas em etapas aos estados. No dia 12 de maio, sábado, acontece o Dia D da mobilização nacional e a campanha termina dia 1º de junho, sem prorrogação.
Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais também devem se vacinar. Para este público, a orientação é que apresentem prescrição médica no ato da vacinação. Já os pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS podem se dirigir aos postos em que estão registrados para serem vacinados, sem a necessidade de prescrição médica.
Especialista em Saúde Pública com ênfase na Estrategia de Saúde da Família, o Dr. Luiz Francisco de Souza, diretor de Relações Intersindicais do Sindmed Grande ABC, reforça que a vacinação contra a gripe é necessária.
“É uma doença grave e de acordo com a pessoa que foi infectada, as consequências podem ser maiores. Os chamados grupos de risco (gestante, idosos, entre outros)”, explica. Aos médicos e profissionais da saúde a vacina também é assegurada, porém não necessariamente em seu posto de trabalho, pois existe uma metodologia de conservação e aplicação da vacina.
Segundo o Dr. Luiz a vacina atua da seguinte forma: a partir do momento que se toma a vacina, ela estimula o organismo a produzir anticorpos contra o vírus. Ela é feita injetando o vírus no ovo embrionado de galinha e depois ocorre todo um complexo processo para fazer o tratamento nos vírus, os quais serão injetados nas pessoas na forma de vacina.
Além da vacinação outros hábitos também pode ser aliados na prevenção da doença, mas não a substituem. O Dr. Luiz recomenda evitar aglomerações e manter a higiene principalmente das mãos, pois estas se não estiverem higienizadas se tornam focos dos vírus.“Por exemplo, a pessoa infectada tosse, espalha perdigotos (gotículas de saliva com os vírus em uma superfície), você passa a mão ali e aquela saliva ‘invisível’ gruda na sua mão. Você leva a mão para a boca, para os olhos e a partir daí se contamina”, esclarece.
Cada indivíduo responde de uma forma, como explica o Dr. Luiz. “Cada pessoa tem suas características físicas e as reações podem variar, desde uma reação dolorosa no local da injeção, aparecimento de febre e outros sintomas semelhantes a uma gripe, porém em menor intensidade, reação alérgica, entre outras. Pois a vacina é como se fosse o contato com a doença, porém de uma forma branda”, completou ele.
Com informações do Ministério da Saúde
Comentarios