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Grande ABC não atinge a meta de vacinação infantil


Publicada nesta quinta-feira (28), a reportagem do Jornal Diário do Grande ABC trouxe números preocupantes a respeito do índice de vacinação em crianças na região. Dados do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde revelaram que a vacinação de crianças menores de 1 ano teve seu menor índice de cobertura em 16 anos.


Nos últimos dois anos, a meta de ter 95% da população-alvo protegida não foi alcançada no País. Na região a situação é semelhante. A queda na procura pelo serviço gratuito serve de alerta para os riscos de retorno de doenças ainda não erradicadas, como é o caso da poliomielite (paralisia infantil) e do sarampo.


No último ano, apenas a vacina da BCG (contra a tuberculose) teve índice satisfatório em âmbito nacional, com 91,4% de cobertura. Na região, entretanto, apenas Santo André e São Bernardo se aproximaram da meta de 95% da população-alvo, com 89,57% e 81,74%, de crianças imunizadas, respectivamente. Em São Caetano, a vacinação atingiu 79,62%; Diadema, 76,81%; e, em Ribeirão Pires, o índice foi ainda menor: 55,31%.


Em Santo André, a reportagem apurou que a vacina contra a poliomielite, cuja cobertura vacinal do público infantil em 2001 era de 84,76%, em 2017 teve queda para 72,52%. Além disso, no ano passado a vacinação conjugada contra meningococo C, que previne uma das formas mais graves de meningite bacteriana, atingiu apenas 71,9% das crianças na cidade.


Na cidade de São Bernardo os dados apresentados são a partir de 2006 e, na comparação com o ano passado, a vacina que registrou a maior queda foi contra a poliomielite, passando de 99,3% para 84,41%. Em São Caetano, a menor adesão em 2017 foi da vacina meningocócica C, com 73,11% de cobertura.


Já Diadema forneceu os dados a partir de 2013. Na comparação daquele ano até 2017, as quedas mais significativas foram na imunização da tríplice viral (caxumba, sarampo, rubéola), passando de 104,31% para 83,26%; poliomielite, de 99,86% para 82,91%; e meningocócica conjugada C, de 100,84% para 83,81%. Em Ribeirão Pires, a imunização que mais teve queda nos dois últimos anos foi a de meningite – de 87,25% para 82,05%.


A reportagem ouviu ainda as prefeituras da região, que se mostraram preocupadas com a realidade da cobertura vacinal, as administrações afirmam que têm intensificado a busca daqueles que não estão com a carteira de vacinação em dia.


A administração de Santo André disse que faz trabalhos de sensibilização em parcerias com as creches para o monitoramento das cadernetas de vacina das crianças e realiza divulgação nas redes sociais. Já a prefeitura de São Bernardo informa que foi solicitado às UBSs (Unidades Básicas de Saúde) a atualização das cadernetas. 


Em São Caetano, a secretária de Saúde disse fazer campanhas pelas redes sociais e também pelo aplicativo Portal Saúde 24h, que contém todas as orientações sobre o tema.

O Executivo de Diadema disse que a questão tem sido discutida em todas as instâncias e que as UBSs têm intensificado as ações de busca ativa e sensibilização da comunidade.

Em Ribeirão Pires, a sensibilização é realizada especialmente nas unidades de Saúde e nas creches municipais. 


Fonte: Diário do Grande ABC

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