São Paulo, 30 de agosto de 2018.
O Sindicato dos Médicos do Grande ABC vem a público manifestar grande preocupação com o agravamento da crise por que passa a Saúde pública em Mauá.
De acordo com nota emitida pela Fundação do ABC, na última terça-feira, 28 de agosto, a Secretaria de Saúde de Mauá comunicou o rompimento repentino do contrato de gestão a partir de 1º de setembro de 2018, transferindo os serviços de Saúde para a administração direta da Prefeitura, sem antes apresentar qualquer plano de contingência imediato para atendimento aos pacientes atualmente internados ou atendidos em regime de urgência e emergência, bem como sem plano ou organograma de transição das rotinas técnicas e administrativas ao Poder Público.
Ao que consta, o sistema público de Saúde de Mauá passa momentos difíceis, acumulando dívidas exorbitantes com a quase totalidade dos fornecedores de insumos e serviços. Situação que não é nova e se arrasta desde 2017, com atrasos e não pagamentos de repasses destinados aos salários, férias, 13º salários e outras verbas laborais dos trabalhadores da Saúde.
Com a presente medida repentina, poderá haver demissão imediata de cerca de 1.650 funcionários – entre eles um grande contingente de médicos –, além de afetar gravemente o atendimento à população.
Em razão disso, o Sindmed solicitará audiência junto à prefeita de Mauá e, se necessário, levará o caso à Justiça do Trabalho e ao Ministério Publico.
O Sindmed não medirá esforços para assegurar o direito dos médicos e o acesso populacional ao sistema público de Saúde de Mauá e espera, também, que tais medidas repentinas não se alastrem, como prática, em outras cidades do Grande ABC.
JOSÉ ROBERTO CARDOSO MURISSET
Presidente do Sindicato dos Médicos do Grande ABC
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