Dr. José Roberto Murisset
Presidente
O Sindicato dos Médicos do Grande ABC — a Casa dos Médicos — nasceu em junho de 1989 graças à bravura de uma dezena de colegas comandados pela doutora Doroti Baraniuk. Curiosamente, nosso surgimento se deu no intervalo entre a promulgação da Constituição Federal de 1988 e a regulação da Lei nº 8.080/1990, que efetivou o Sistema Único de Saúde (SUS) — que passou a oferecer acesso integral, universal e gratuito a serviços de saúde. Mais de três décadas se passaram, e o compromisso de defesa dos direitos dos médicos e dos demais cidadãos do Grande ABC permanece o mesmo. Nos últimos dois anos, tem-se buscado também maior participação nos debates junto aos gestores públicos e privados dos sete municípios do ABC. O movimento visa garantir dignidade e reconhecimento do trabalho médico, bem como a defesa de sua remuneração, objetivando a valorização da categoria sem renunciar às condições apropriadas de trabalho — e, sobretudo, promovendo eficiência no atendimento à população. Os tempos são difíceis para as entidades sindicais de profissões atingidas pelas reformas trabalhista e previdenciária. Mesmo assim, a Casa dos Médicos — Sindmed ABC —, continua a sua caminhada acolhendo e apoiando os médicos na preservação dos valores éticos, orientando-os no sentido de dispensarem à população o melhor da sua técnica humana. Vale ressaltar que o nosso sindicato esteve historicamente inserido nas trincheiras de luta a favor do SUS. Sabemos que o enfrentamento à Covid-19, em grande medida, se deve a este sistema. Ele mapeia melhor a pandemia em relação aos países que têm um histórico de gestão neoliberal. Nosso horizonte de projeção é ajudar a conter o avanço da pandemia no Brasil — que ao todo atingiu cerca de 2,5 milhões de pessoas e tirou a vida de 85 mil e, só no ABC, 36 mil casos confirmados e 1,8 mil óbitos. O que nos move nessa luta é a defesa do mais abrangente e completo sistema de saúde do mundo, que contempla todos de forma democrática. Estaremos sempre atentos a qualquer movimento que vislumbre o seu desmonte. Nada de Estado mínimo! VIVA A SAÚDE PÚBLICA!
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