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Sindmed apoia combate à tuberculose no Grande ABC




A rede pública de Saúde da região do ABC intensifica, neste mês, a busca por pacientes com sintomas que podem levar ao diagnóstico de tuberculose. Março é marcado pelo alerta do problema, uma vez que tem o dia 24 como data mundial de combate à doença. Atualmente, em quatro das sete cidades (Santo André, São Bernardo, São Caetano e Ribeirão Pires), 390 pessoas estão em tratamento. As demais não informaram.

No Grande ABC, segundo o DataSus (banco de dados do Ministério da Saúde), em 2017 a rede pública registrou 84 internações pela doença, além de seis mortes.

Durante a ação das prefeituras, todos os pacientes que passam por atendimento nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) são questionados a respeito de sintomas sentidos. Havendo suspeita, a pessoa é submetida à baciloscopia, teste rápido molecular.

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch, afetando principalmente os pulmões. A transmissão é aérea e ocorre a partir de aerossóis expelidos pela tosse, espirro ou fala de doentes com tuberculose pulmonar ou laríngea. Pessoas com HIV têm maior risco de contrair a enfermidade, já que o vírus diminui a resposta imunológica. O tratamento medicamentoso é feito por período de seis meses.

Nas crianças, a principal maneira de prevenir a tuberculose é com a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), ofertada no SUS (Sistema Único de Saúde). Nos adultos, é identificar a “infecção latente de tuberculose”, que acontece quando uma pessoa convive com alguém que tem o problema. Em 2017, foram registrados 69,5 mil casos novos e 13.347 casos de retratamento (abandono ao tratamento) de tuberculose no Brasil.

O diretor executivo do novo Sindmed Grande ABC, Dr. Luiz Francisco de Souza, explica que a tuberculose é, acima de tudo, um problema social, pois se desenvolve mais rapidamente em locais com baixa ventilação e em ambientes com grandes aglomerações de pessoas.

“É uma doença que está presente entre a população de baixa renda pelas condições de seu desenvolvimento. Os países ricos e as empresas farmacêuticas não tem como prioridade a pesquisa por novos tratamentos para a tuberculose, o que fez com que os avanços na área tenham sido tímidos nos últimos tempos”, comenta.

Segundo Souza, o Ministério da Saúde tem diretrizes, há cerca de 10 anos, em que realiza esta busca ativa, como os municípios do Grande ABC tem feito, e trabalha com o Tratamento Diretamente Observado (TDO), em que o paciente recebe a medicação em companhia do profissional de saúde.

“Essa busca ativa que é feita nas unidades de Saúde deveria se estender também pela rede privada, porque existem pacientes que não buscam a rede pública de saúde, buscam serviços privados. Assim o problema da disseminação da doença acaba sendo esquecido”, diz.

O diretor do Sindmed enxerga como fundamental a busca dos pacientes para tratar e monitorar a doença, como também melhorar as condições sociais para que a tuberculose não avance.

“É fundamental o envolvimento da categoria médica, assim como o novo Sindmed Grande ABC tem feito, no controle e combate à tuberculose, bem como os demais profissionais da saúde. A sociedade civil também precisa se engajar nesta campanha e orientar as pessoas que tenham tosse e febre persistente a procurarem atendimento na saúde”, alerta Souza.

Com informações do Diário do Grande ABC

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