O mundo registrou no ano passado um recorde de crianças vacinadas - 123 milhões, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira, 17, pelo Unicef e pela Organização Mundial da Saúde, - uma alta que ocorre tanto por aumento da população quanto de cobertura vacinal. O Brasil, porém, caminha na contramão desse movimento, com queda na porcentagem de crianças vacinadas nos últimos três anos.
Os números do Ministério da Saúde, que têm chamado a atenção do País, foram usados em sinal de alerta pelas organizações. É o caso da cobertura da vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), que estava estável e próxima a 100% no Brasil até 2014, mas baixou para 96,1% em 2015, 95,4%, em 2016, e 85% em 2017.
Outro exemplo é o da pólio, doença erradicada no Brasil, que teve uma queda de 95% de crianças imunizadas em 2015 para 84,4% em 2016, chegando a apenas 78,5% no ano passado.
Também houve queda na cobertura da DPT, que protege contra difteria, coqueluche e tétano. Estava acima de 90% até 2015. Caiu para 89,5% em 2016 e 78,2% em 2017. Em todos os casos, considera-se uma proteção adequada quando a cobertura está em 95%. Abaixo disso, há risco de retorno das doenças.
O ministério disse que os recursos para vacinação passaram de R$ 761,1 milhões, em 2010, para R$ 4,5 bilhões em 2017. Para 2018, a previsão é de R$ 4,7 bilhões. Afirmou também que aumentou em 60% o recurso de campanhas publicitárias de vacinação - de R$ 33,6 milhões, em 2015, para R$ 53,6 milhões em 2017. Até junho, foram investidos R$ 31,9 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Diário do Grande ABC.
