Na última terça-feira (10), aconteceu em Brasília, o "1º Fórum Brasil - Agenda Saúde: a ousadia de propor um Novo Sistema de Saúde", organizado pela Federação Brasileira de Planos de Saúde, com participação do Ministério da Saúde, de deputados e senadores. No evento, foi apresentada uma proposta de desmanche do Sistema Único de Saúde (SUS), destruindo assim o que foi alcançado com o programa que oferece atendimento gratuito à população. Na nova resolução, o sistema seria administrado de acordo com as regras dos planos de saúde e os recursos do SUS seriam transferidos para financiar a Atenção de Alta Complexidade nos planos privados de saúde. Metade da população deixaria de ser atendida de maneira pública e seria atendida exclusivamente de forma privada.
A diretoria do Sindmed Grande ABC, representada pelo presidente Dr. José Roberto Murisset, se posicionou em defesa do SUS: “A direção do Sindmed é radicalmente contra esta proposta, ela fere de morte a Saúde Pública do País, acaba com a atenção básica à saúde (primária) e privilegia o capital financeiro transnacional, afirmou Murisset.
O Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) também divulgou uma nota repudiando a proposta:
“O SUS foi criado na mesma época histórica da Constituição Federal. Afirma essencialmente que saúde é direito de todos e dever do Estado. Segue tendências de países que oferecem um sistema universal, garantindo bem-estar a toda sua população, como o Canadá e o Reino Unido [...] Fazer um sistema de saúde a partir dos planos de saúde, como ocorre nos Estados Unidos, prejudica os mais pobres, que passam a morrer por não terem dinheiro para tratamento de saúde. Além disso, é irracional, em termos econômicos, sendo muito mais caro e ineficiente. Os mesmos Estados Unidos gastam muito mais em saúde para obterem resultados muito piores em termos de expectativa de vida ou mortalidade infantil, por exemplo”.
Com informações do Portal GGN e Integra - Movimento por uma psicologia coletiva.
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